quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Cusco - Plaza de Armas e Museu de Arte Pré-Colombiana.



Nossa primeira parada na cidade foi na Plaza de Armas. Aqui a catedral de Cusco e a Igreja da Companhia de Jesus se destacam entre os prédios que formam o grande quadrilátero com uma bela fonte no centro. A estátua do governante inca que adorna a fonte não é original,  foi colocada em 2012 para homenagear a cultura inca. Pena que, salvo alguns muros da catedral e uma pequena parte do templo do sol de Koricancha (Convento de São Domingo), o restante das construções incas foram destruídas.

Catedral.


Passe no Centro de Informações Turísticas, que fica perto da Plaza de Armas, para comprar seu Boleto Turístico (para saber mais clique aqui). Nesse lugar aconteceu uma coisa meio chata. A senhora que vende o bilhete "esqueceu" de nos dar o troco, tivemos que pedir. Pode ser que eu tenha avaliado errado a reação dela, mas como já fomos enganados em uma situação dessas, não custa ficar de olho.

E se você ainda não tiver trocado seu voucher pelo bilhete de trem para Águas Calientes, faça isso na Plaza de Armas. As lojas da Inca Rail e da Peru Rail ficam lá. 

Estivemos na cidade na época dos desfiles com apresentação de danças tradicionais em comemoração ao aniversário de Cusco. 




Eles iniciam as festividades no começo do mês de junho e o ápice é no dia 24, quando acontece a Festa do Sol, um ritual religioso que remonta à época do Império Inca. Acontecia durante o solstício de inverno, quando se tem o dia mais curto do ano. Eles acreditavam que com essa homenagem aos deuses o sol voltaria a iluminar a terra. Eles recriam esse ritual todo ano em Sanqsaywaman com um grande espetáculo. Além do figurino típico, as falas são todas em quechua, o idioma inca. A entrada é cara e concorrida. Porém, durante o mês inteiro há apresentações e ensaios nas ruas. Começa com os pequenos e termina com os universitários. Vimos a apresentação das universidades e o ensaio das crianças. É impressionante como eles desde pequenininhos são inseridos na cultura tradicional. Dançavam e interpretavam as músicas direitinho. Para quem gosta desse tipo de manifestação popular, tente viajar durante o mês de junho para Cusco. Mesmo que você não assista à Festa do Sol, poderá ver muito da cultura inca nos demais eventos que acontecem na cidade.

O ensaio dos pequenos.
Detalhes da cidade.

Á direita, uma fonte escondida pelas ruas da cidade.
Koricancha ou Convento de Santo Domingo


Esse local guarda as ruínas incas mais bem preservadas de Cusco, resquícios do Templo do Sol. Por ser um templo, as pedras foram cuidadosamente polidas e os encaixes são perfeitos. Os livros dos historiadores do período colonial relatam esse prédio como algo esplendoroso, com paredes  e estátuas revestidas de ouro. Como parte da estratégia espanhola de dominação, tudo que se referia à cultura e crenças dos incas foi destruído e substituído por construções espanholas. Assim aconteceu com o Koricancha, que virou um convento. Mas parte do muro externo e do próprio templo foram preservadas.

Aqui dá para ter uma idéia do que é o prédio. A base, em pedra é Inca. Os tijolos e a alvenaria, espanhol.

Há uma maquete para que se tenha uma noção do local na época de Koricancha.

A mescla de estilos bem aparente.
Também visível do lado de fora.
Bem hispânico.
Os espanhóis também capricharam.
Incrível é ainda haver água por aqui. Essa fonte é a mesma quando da construção do complexo.

Museu de Arte Pré-Colombiana

Esse museu é da rede do Larco de Lima e segue o mesmo padrão de exposição, embora nem se compare ao da capital em relação ao acervo. Além disso, vimos muita coisa meio repetida. Só vale a pena se você não tiver visitado o de Lima ou se gostar muito do assunto. Preço: 20 soles. Para mais informações, acesse o site.




Pedra dos 12 ângulos

Uma das técnicas arquitetônicas dos incas era fazer esse encaixe perfeito das pedras. Para isso eles eram meticulosos e montavam um muro como se as pedras fossem peças de um quebra-cabeça. Essa teve seus 12 ângulos preenchidos cuidadosamente, por isso é especial. Outra coisa interessante é que esse muro é antissísmico, razão pela qual os espanhóis construíram seus prédios acima dessa base. Ela fica no muro da parte de trás da catedral. É só passar por lá que provavelmente alguém vai te apontar o muro, dar algumas explicações e em troca tentar te vender uma pintura. Só demos uma gorjeta ao rapaz e ele ficou feliz.

Pode contar!

Dica: muitas igrejas abrem à noite para a missa. Se tiver interesse em vê-las sem pagar nada é uma boa oportunidade. Só chegue um pouco antes para não atrapalhar a missa.

Mercado San Pedro



Em nosso último dia aproveitamos para fazer umas comprinhas no Mercado Central de San Pedro. O grande diferencial dele é ser autêntico. Você vai encontrar as comidas, ervas, temperos e frutas da região. Era sábado e vimos muitos locais tomando café da manhã por lá. A parte de comida é maior que a de artesanato. Se for só para comprar aquelas lembrancinhas serve muito bem.


Disseram que o Peru produz mais de 300 tipos de batatas.


E o que dizer das salsichas. São vários tipos produzidas no próprio local. 
Pode-se comprar artesanato local. Há muita variedade à disposição.
E se bater sede ou fome..por que não experimentar sabores locais?
Dica: o Mercado de Pisac é o maior e mais variado para artesanato, embora menos autêntico. Em Ollantaytambo tem uma feirinha interessante na entrada das ruínas principais. Já a de Águas Calientes é pequena e muito turística.

Museu Inka

Se você tiver que escolher um museu na cidade, vá neste. Ele é bem completo e explicativo. A entrada não está incluída no Boleto Turístico. 


Noite de Cusco

O centro histórico à noite fica ainda mais bonito.


No caminho para o restaurante, o centro histórico revela outro cenário.


Há vários barzinhos e baladinhas nas ruas em torno da Plaza de Armas.

Há diversas possibilidades nas ruas que desembocam no Centro Histórico.
Vários restaurantes,
Com vários tipos de comidas.

Restaurantes

Seguindo indicações fomos ao Cicciolina. O ambiente é bem legal, com um bar de tapas na entrada. A comida estava saborosa, especialmente a salada. O atendimento foi ótimo. Só não é barato. Achamos que é mais interessante ficar no bar. Embora não interfira no serviço em si, só um alerta: a internet não funciona.

Não se assuste com a entrada.
O melhor lugar certamente é o bar.



Um bom lugar para um lanche é o charmoso Plaza Café, na Plaza de Armas. A vista é uma atração a parte. 

Restaurante bem charmoso.
Uma noite saímos sem rumo e acabamos no restaurante Fusi (Av El Sol 106, Int 208, Niv 2), próximo à Plaza de Armas. A truta estava gostosa, tinha um buffet de salada incluso, drink de cortesia e o atendimento foi ótimo. Bom custo-benefício.


Seguindo a dica de uma brasileira que encontramos em Machu Picchu, entramos no República del Pisco. Eles têm uma ótima carta de drinks e música tradicional ao vivo. Lembra um pouco música caribenha. É meio turístico, mas muito divertido.


República del Pisco.


Hospedagem: O hotel Tierra Viva Cusco Centro foi melhor do que imaginávamos. A rede Tierra Viva tem hotéis em vários lugares do Peru. Nos hospedamos neste e no de Machu Picchu. Tivemos uma estadia excelente em ambos. Em Cusco o hotel fica em um prédio antigo com um lindo pátio interno. O quarto standard era confortável, tamanho bom, internet wifi, tv com canal brasileiro e todo dia eles deixavam 2 garrafas de água de cortesia. Café da manhã bom, com muitas frutas. Localização central para os principais pontos turísticos. Funcionários super prestativos, atenciosos e simpáticos. Deixamos uma mala com eles quando fomos para Machu Picchu. Quando retornamos já estava no nosso quarto. Excelente!





Dica: Combatendo o Soroche
Chegamos em Cusco cedo, mas o hotel nos liberou o quarto e nos aconselharam a descansar um pouco para ajudar na aclimatação do corpo com a altitude (3.400m). Também sugeriram um almoço leve e sem bebida alcoólica. Além disso, chá de coca durante o dia e chá de muña à noite. Como o primeiro é energético, poderia atrapalhar o sono.


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